Por Keka Demétrio
Com o tempo a gente vai aprendendo a dominar os instintos, os impulsos e até mesmo o coração. Você descobre que mesmo que exista a pessoa certa para a sua vida ela pode não ser a pessoa da sua vida, então aprende a adormecer aquele sonho e parte em busca de outros que a vida vai te apresentando.
No começo parece coisa complicada e o habito de alimentar dores de amor acaba nos prendendo no fim de um ciclo e emperrando o início de outro. Então a gente sofre. E não importa a intensidade, dor de amor é a mais arrasadora. Algumas vezes somatiza no físico e nos coloca de cama. Já vi amigas definhando, literalmente, pela dor de amor. Depois deste primeiro momento, o amor próprio é matéria prima essencial para começar a reerguer-se.
Você tem que começar a transformar aquela raiva de ser preterida em algo positivo. Ao invés de gastar energia chorando e se sentindo vítima, pega esse orgulho ferido e use-o a seu favor. Alimente-o e mande tudo às favas, inclusive essa autopiedade e o dito cujo. Olhe para si mesma e se lembre que não foi a primeira vez que imaginou que iria dar certo e deu tudo, absolutamente tudo errado, e que não foi a única vez que se sentiu ridícula ao lembrar que ficava lendo e relendo as mensagens e e-mails trocados com o gato nos áureos tempos em que jogavam o jogo da sedução. Mas lembre-se também que passou, tudo passou. A dor, as lágrimas, a tristeza, o abatimento, a vontade de ficar jogado na cama até o mundo acabar, tudo isso passou, e mais rápido que poderia supor. E você mais uma vez se reergueu, mais uma vez percebeu que era maior e melhor do que fora outro dia. Acordou de novo para a vida de forma mais harmoniosa, mais segura, mais dona de si. Sim, as dores de amor também servem para nos mostrar o quanto devemos ser importantes e amar a nós mesmos.
E a vida é isso: a gente ri, chora, dá gargalhada, sente raiva, ciúmes, mágoa, quer que o mundo pare pra gente descer, depois quer ele gire mais rápido. O que não dá pra fazer é ficar esperando o amanhã, o quem sabe, o talvez. Não dá pra deixar pra viver depois o que a vida está te dando agora. Não dá para desperdiçar tempo, sentimento, emoção, enquanto um monte de gente não sabe ou não quer aprender a amar. Quanto àquele amor que você ainda credita ser o certo para a sua vida, o deixe guardadinho, quietinho, num lugar bem especial em seu coração, e não tenha dúvidas, se ele for o amor para a sua vida, na hora certa Deus vai colocar no seu caminho. Se não for, não fique triste, Deus sempre sabe o que faz e às vezes a gente não sabe nem o que fala.
Paulistana, criadora do Blog Mulherão. Jornalista, escritora, cronista, consultora de moda, modelo plus size, empresária, assessora para assuntos aleatórios, mulher com “m” maiúsculo, viciada em temas pertinentes ao universo feminino. Há um bom tempo gorda. Quase sem neuras. Eu disse quase, não se iludam!
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