É muito difícil, hoje em dia, viver a plenitude desta expressão. Temos o constante hábito de verbalizar o quanto nos gostamos, mas lá no fundo, bem no fundo, escondido em um canto, não é pleno este sentimento, sempre temos alguma coisa que gostaríamos de mudar. Queremos mais. A mídia nos sufoca com modelos super magras, dietas milagrosas e aparatos transformadores em corpos esculturais. E na nossa cabeça a cobrança fica falando baixinho ao nosso ouvido. Este amor por nós mesmos tem que vir de dentro, lá do fundo, daquele cantinho escondido e sair para o mundo, com energia, força e consciência.
Na semana passada, em um dia de chuva no trânsito de Porto Alegre, que não perde nada para outras capitais em congestionamento, ouvia um conhecido programa no rádio, onde os apresentadores brincavam e faziam colocações pejorativas com relação às mulheres acima do peso. Aquilo me deixou indignada e na mesma hora pensei em ligar para eles e perguntar o que eles como profissionais da mídia, comunicadores de massa, achavam que estavam fazendo. Que falta de respeito, pois eles não sabiam quantas mulheres gordinhas os escutavam e até mesmo os admiravam e que a partir daquele momento estavam mudando radicalmente sua opinião. Eles não podiam fazer estes comentários, não sabiam quantas mulheres lutam diariamente contra a balança por problemas que fogem de seu controle, porque são pressionadas pelo marido, familiares e a sociedade.
Retorno ao tema “Eu me amo”. Danem-se as criticas a sociedade e aos milagres da ciência para emagrecer. Aos midiáticos mal informados e limitados a críticas maldosas. Ame-se com verdadeiro amor, admiração e plenitude.
Seja linda sempre, sexy, sensual e poderosa. Temos um mundo a nossa frente para ser conquistado e é nosso comportamento que vai nos levar ao sucesso. Aos demais, morram de inveja.
Paulistana, criadora do Blog Mulherão. Jornalista, escritora, cronista, consultora de moda, modelo plus size, empresária, assessora para assuntos aleatórios, mulher com “m” maiúsculo, viciada em temas pertinentes ao universo feminino. Há um bom tempo gorda. Quase sem neuras. Eu disse quase, não se iludam!
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