A roupa plus size que você está usando pode ter o suor, sangue e lágrimas de alguém. Este é o caso das roupas vendidas pela loja plus size Program, condenada pela justiça em primeira estância por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Segundo o site Repórter Brasil, fiscais do trabalho encontraram em uma oficina da Program no bairro da Casa Verde, em São Paulo, costureiros bolivianos que faziam jornadas de mais de 16h de trabalho, recebendo apenas R$800 mensais. Deste valor, precisavam pagar as despesas com alimentação e moraria, oferecidas pela empresa, o que gerava uma servição por dívida. E não para por aí.
Uma mulher, no sétimo mês de gestação, foi impedida de acessar serviços de saúde. Quando saía para o pré-natal, era punida com privação de comida. Segundo o relatório de fiscalização, a família precisava compensar aos finais de semana as horas em que a grávida saía para atendimento médico.
Em uma ocasião em que precisou ser atendida na emergência de uma maternidade e, com dores, não pôde trabalhar, a mulher foi penalizada com restrição de alimentação: ela e suas três filhas receberam apenas chá como jantar em uma noite, somente o café da manhã no dia seguinte e, no terceiro dia, o jejum foi total.
Ano passado, a Program foi condenada a indenizar os trabalhadores. Porém, recorreu e nenhum deles recebeu se quer um centavo.
NÃO FINANCIE O TRABALHO ESCRAVO
A Program tem lojas em todo o Brasil. Só em São Paulo são mais de 30. Antigamente era uma das únicas lojas plus size que nós, gordas, encontrávamos em shoppings.
Hoje, o cenário é outro. Há inúmeras lojas plus size e não há justificativa para que nós, consumidoras, continuemos consumindo produtos de uma marca que lesa tantos trabalhadores fragilizados.
Seja responsável e boicote a Program!
Paulistana, criadora do Blog Mulherão. Jornalista, escritora, cronista, consultora de moda, modelo plus size, empresária, assessora para assuntos aleatórios, mulher com “m” maiúsculo, viciada em temas pertinentes ao universo feminino. Há um bom tempo gorda. Quase sem neuras. Eu disse quase, não se iludam!
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