Fonte: Veja São Paulo
COM A PALAVRA, OS GORDOS…
“São muitas as praças de alimentação com mesas e assentos fixos, sem espaço. Outro dia, levei um grupo de amigos a um restaurante do centro. Como o mobiliário era assim, tivemos de ir a outro lugar.” Sérgio Montes, 33 anos, o DJ Catatau
“O preconceito das lojas é impressionante. Não entendo por que mesmo grandes redes de departamentos que têm roupas de tamanhos maiores jamais colocam uma manequim gordinha na vitrine. A cliente plus size não tem bola de cristal e acaba se sentindo tímida para entrar. Perde-se um mercado incrível.” Renata Vaz, 29 anos, criadora do blog Mulherão e do Fashion Weekend Plus Size
“No trabalho, convivo com a curiosidade das pessoas. De vez em quando, alguém pergunta como posso estar tão acima do peso sendo cirurgiã plástica. Meu problema é principalmente genético e não fico chateada, mas acho que quando eu emagrecer minha autoestima vai melhorar. Perdi 17 quilos em um tratamento recente e agora falta me livrar de mais uns 40.” Ana Helena Patrus, 47 anos, dona da Clínica Santé
“Passo vergonha em lojas porque tenho o hábito de me apoiar no balcão de vidro. Peso uns 140 e tantos quilos, e a placa não aguenta, né? Outro dia, fui comprar tênis em uma loja da Vila Madalena e, quando me encostei, o apoio quebrou na hora.” Carlos Miranda, 49 anos, produtor musical
…E TAMBÉM OS QUE EMAGRECERAM
“Antes de fazer a cirurgia de estômago e perder 60 quilos, eu entrava em restaurantes preocupada com o trajeto da mesa até o banheiro. Em muitos lugares, a distância entre as cadeiras era mínima e quando eu passava se formava uma espécie de ola, com todo mundo tendo de se levantar para eu passar.” Leonor Corrêa, 48 anos, diretora de TV
“Com a redução do meu peso de 155 para 100 quilos, após operação bariátrica feita há cinco anos, o melhor foi pegar avião sem tanto aperto. Já comprei assento na saída de emergência para ter mais espaço, mas fui retirado porque acharam que não teria agilidade se algo acontecesse. O pior era quando pedia discretamente o extensor do cinto e a aeromoça vinha perguntando de longe para quem era o acessório.” Celinho, 43 anos, membro da banda Fat Family
“Acostumado a andar de ônibus na Itália, tive de desistir da ideia aqui, depois de ficar entalado algumas vezes na roleta. Não conseguia seguir em frente nem voltar, o que era bastante humilhante, algo que só acabou depois que perdi quase metade de meu peso com a cirurgia de estômago.” Giancarlo Marcheggiani, 54 anos, chef do Italy
Paulistana, criadora do Blog Mulherão. Jornalista, escritora, cronista, consultora de moda, modelo plus size, empresária, assessora para assuntos aleatórios, mulher com “m” maiúsculo, viciada em temas pertinentes ao universo feminino. Há um bom tempo gorda. Quase sem neuras. Eu disse quase, não se iludam!
Quer trocar relatos de experiências sexuais e tirar dúvidas com outras mulheres gordas? Entre no GRUPO SECRETO DO MULHERÃO, no Facebook, com entrada permitida apenas para mulheres: Clique aqui para acessar