Veja o comentário que recebi hoje de Marília Moschovich:
“Agora, uma coisa a mais pra se pensar:
por que são quase todas brancas?
por que estão quase todas de escova?
Temos tantos “padrões” a jogar no lixo, né?”
Alguns comentários que visam “quebrar” preconceitos parecem muito mais preconceituosos ainda. Marília não foi a única a fazer este tipo de comentário. Afinal, em nosso grupo havia uma única pessoa da etnia negra e quem procura um motivo para criticar, viu nisso uma excelente oportunidade. Entretanto, para quem caiu de pára-quedas, esclareço que as meninas que integraram o primeiro dia de modelo, foram aquelas que se inscreveram primeiro.
Ou seja, não perguntei se as meninas eram brancas, ruivas, japonesas ou rosa-choque. Quem se inscreveu primeiro integrou a lista e pronto. Minha única exigência foi saber o manequim. Eu poderia muito bem colocar qualquer uma das meninas que se inscreveram primeiro de escanteio para inserir mais negras ao casting, mas isso seria injusto e uma tentativa de preencher “cotas para negros” rídicula. Para mim, não é democrático excluir meninas brancas e incluir meninas negras para passar a imagem que sou politicamente correta.
Outra coisa. Deixei as meninas livres para escolherem a finalização do cabelo que mais gostassem. Em minha apresentação no programa Dia a Dia da Band, por exemplo, enrolei minhas madeixas escorridas. Queria ter cachinhos por um dia. Agora vão me acusar de não me aceitar do jeito que eu sou? De querer parecer negra?
Quebrar padrões é ser quem você é. Mas não se deixa de ser quem realmente é por escovar o cabelo, fazer um bronzeamento artificial para se auto-agradar e não para agradar os outros.
Sou a favor de que toda mulher seja feliz. O resto é resto!
Paulistana, criadora do Blog Mulherão. Jornalista, escritora, cronista, consultora de moda, modelo plus size, empresária, assessora para assuntos aleatórios, mulher com “m” maiúsculo, viciada em temas pertinentes ao universo feminino. Há um bom tempo gorda. Quase sem neuras. Eu disse quase, não se iludam!
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